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De olho no rendimento... e nos tributos!

Crédito: divulgação


O mercado é generoso para com o investidor quando se trata de opções de ativos. Os títulos de renda fixa, um dos preferidos do público, especialmente com a taxa de juros (ainda) nas alturas, seguem atraindo compradores graças a uma rentabilidade no mínimo interessante, aliada à segurança e a uma liquidez que permite alocar maiores recursos.

Os CDBs e CDIs, LCIs e LCAs, debêntures, fundos de investimentos e tesouro direto fazem parte desse universo atualmente colorido da renda fixa. Mas o investidor mais precavido sabe que não é o caso de contar apenas o que entra. Parte desses títulos são tão chamativos que acabam ofuscando uma tributação desagradável por trás. Para quem aplica em renda fixa, mantenha a calma: não é o caso de mudar o foco, mas de conhecer melhor o produto que você tem às mãos.

Entre os ativos tributáveis da renda fixa, existem hoje os RDBs, debêntures, tesouro direto, as letras de câmbio e os CDBs. De modo geral, essas aplicações obedecem a regras bastante semelhantes. Quanto maior o prazo de investimento, menor é a alíquota que o investidor deve pagar sobre o rendimento. Sim, aqui está um ponto importante que confunde muita gente: a tributação é apenas sobre o dinheiro fabricado pela aplicação, e não sobre o produto num todo.

Para aplicações mantidas por até 6 meses, a alíquota de imposto de renda praticada atualmente é de 22,5% do rendimento. À medida que o tempo vai passando, gradativamente o investimento vai sofrendo menos com a tributação, até superar o período de dois anos, quando o percentual desce para 15%. Considerando este cenário, é importante o investidor planejar suas aplicações considerando o curto, o médio e o longo prazo.

Cumprir as metas de investimentos no longo prazo, por exemplo, significa que ele pode pensar em aportar recursos com os quais sabe que não vai contar pelos próximos dois anos. Mas se o objetivo é deixar o ativo render só até o fim do ano, há opções melhores, que devem ser levadas em conta. Isto porque há opções que são simplesmente livres de imposto de renda. É o caso das LCIs e LCAs.

Vale lembrar que há ativos que fogem do espectro da renda fixa e que também são livres de tributos. Um deles são os dividendos, referentes a parte do lucro de companhias distribuído entre os acionistas. Entretanto, diferentemente da renda fixa, há um risco maior para o investidor, que deve considerar seu perfil e analisar bem as possibilidades disponíveis no mercado antes de decidir onde investir recursos.

E este é um ponto importante das aplicações em renda fixa: embora haja mais segurança, as oportunidades são bastante variáveis e devem ser bem analisadas, preferencialmente com a ajuda de especialistas em investimentos. Temos nos dedicado a isso há alguns anos, com retorno bastante favorável. Independentemente da escolha, saber que há uma fatia do rendimento que é do governo é um primeiro passo para saber exatamente o que está comprando.

A fonte é Nathaniel Lima, advogado do escritório BLJ Direito & Negócios - _contato@bjunqueira.com_

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